A autonomia, enquanto ação crítica do livre pensar e do fazer consciente, torna-se fator fundamental a ser considerado no planejamento das ações pedagógicas da Educação online. Assim, é importante perceber como o docente nesse contexto pode ser suporte e orientação à aprendizagem à autonomia do estudante e como a organização do ambiente virtual de aprendizagem -AVA colabora para esse fim. Realizamos um estudo de caso em 2014, com dois professores-mediadores do Curso de Formação na EaD para Tutores Nível 1 da Coordenação Operacional de Ensino de Graduação a Distância da Universidade de Brasília. Teoricamente o trabalho pautou-se nos pressupostos da Psicologia Cultural dentro da Abordagem Sociocultural Construtivista, nos trabalhos de Valsiner (1989, 19994, 1997, 2012) e, também, em Vigotski (1978/2007, 1988/1991); em Freire (1970/1994, 1992/1999; 1996/2007) sobre autonomia; em Garrison e Anderson (2005) sobre presença docente, e nas pesquisas de Coll e colaboradores (2010; 2011).  Objetivou-se investigar como a presença docentedo professor-mediador em um AVA, em contextos de coconstrução, poderia potencializar e/ou mobilizar a autonomia do estudante. A metodologia de investigação pautou-se na Abordagem Qualitativa através de entrevistas, observação direta das ações no AVA e análise de documentos. Participaram os professores (mediadores e supervisores) e quatro cursistas das duas turmas dos referidos docentes. Dos eixos-norteadores obtidos para a análise construtiva e interpretativa das informações, aqui visa-se dialogar sobre O AVA como estrutura de suporte (scaffolding) à presença docente dos professores-mediadores e à autonomia do estudante. Os resultados indicaram que a organização pedagógica do AVA, de fácil acessibilidade e navegação, orientações claras, pontuais e regulares, foi um dos importantes fatores que favorecem a aprendizagem e atuação autônoma dos estudantes, bem como o efetivo trabalho pedagógico do professor.