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O objetivo do texto é relacionar a categoria juventude com as categorias pobreza e Educação de Jovens e Adultos, no Brasil, problematizando-as e destacando, na sigla EJA, a palavra jovens. A justificativa para o trabalho são os dados quantitativos publicados pelo Ministério de Educação e Cultura (2017) indicando uma crescente juvenilização do Programa “Educação de Jovens e Adultos” (EJA). O material de análise utilizado no trabalho foi o de revisão bibliográfica e hemerográfica acrescentando, para tangenciar e demonstrar, dados quantitativos de endereços eletrônicos vinculados a instituições oficiais. A escola pública vivencia uma realidade caótica. As análises atuais sobre a escola e a educação pública no Brasil revelam uma instituição deteriorada, ineficiente, distante de seus objetivos pedagógicos, clivada por um papel de socialização de classes e permeada pela ação naturalizadora da desigualdade social. Mesmo após a expansão do acesso à educação - representado pelas políticas oriundas do Programa Educação para Todos, a partir de 1990, amparado pelo Banco Mundial e por organismos multilaterais - os índices de elevação da escolarização não atingiram os percentuais almejados, além do projeto de inclusão ter influenciado de forma negativa o caráter pedagógico da escola em prol do assistencialismo, o que denota uma cumplicidade entre educação pública e pobreza. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue a mesma lógica, porém, com a particularidade de oferecer um ensino ainda mais precário, praticamente esvaziado de conteúdos e orientado no sentido da distribuição de certificados, não respeitando a função original dessa forma de ensino a qual procura promover educação às pessoas que ultrapassaram a faixa etária considerada adequada para a escolarização. Pode-se notar que, atualmente, ocorre o fenômeno da juvenilização da EJA, visto que os jovens recorrem cada vez mais a essa modalidade de ensino para cumprir a escolarização mínima exigida pelo sistema social.