Esta pesquisa realizou um diagnóstico em sete escolas de Ensino Médio da Região Metropolitana de Porto Alegre, sobre como são abordados os conteúdos da disciplina de Arte e o que significa o ensino de tal disciplina para jovens entre 14 e 18 anos. Foram aplicados 240 questionários, 150 em escolas públicas e 90 em escolas particulares. Também foram entrevistados/as nove professores/as de Arte. Resultados da pesquisa sobre como a disciplina de Arte qualifica a formação cultural dos jovens entrevistados, por exemplo, apontam, através das respostas dos estudantes entrevistados, que a disciplina traz “conhecimentos sobre cultura” (15,82%). Por outro lado, 14,38% dos jovens afirmam que as aulas de Arte “em nada influenciam” na sua formação cultural, 8,1% acham as aulas “divertidas”, entre outras respostas. Já os/as professores/as de Arte do ensino médio enfatizam, quanto ao uso de novas tecnologias no ensino de Arte, por exemplo, que apesar de serem importantes, os professores da área não tem formação complementar que atenda essa demanda, necessitando de urgente instrumentalização. E sobre como a arte é vista nos dias de hoje, nas respostas de alunos/as e professores/as, a frase mais recorrente é “uma forma de se expressar”. A arte, em grande parte das respostas, também é vista como algo de difícil entendimento por parte dos estudantes. Isso aparece em 57,4% das respostas dos entrevistados. Questionados sobre as lembranças das aulas de Arte, 29,7% dos entrevistados afirmam ter “boas lembranças”. Já 31,8% dos jovens mencionaram somente a palavra “desenho” como resposta à pergunta, evidenciando certa redução de outros conteúdos que deveriam ser trabalhados em tais aulas. Entre os autores que dão suporte a esta pesquisa estão Fernando Hernández, Néstor García Canclini, entre outros.