Que a Teologia da Libertação no Brasil teve importância significativa dentro da estrutura católica, e fora dela, na história recente do Brasil, poucos discordam. Entretanto, estudos de casos de ações efetivas resultantes das práticas teológicas da libertação, não são encontradas em profusão.  Por outro, nos parece que muitas vezes, que a “Teologia da Libertação”, ou suas ações, são tratadas de maneira monolítica, considerando muito mais aquilo que os teóricos da TL escrevem – ou dizem – do que as aplicações efetivas dos seus preceitos. A presente pesquisa investiga a influência da Teologia da Libertação e das experiências vividas nas Comunidades Eclesiais de Base por conhecidos atores sociais da Zona Norte de São Leopoldo, entre eles, o Pe. Orestes Stragliotto, fonte principal da pesquisa em razão dos escritos deixados por ele e de entrevistas com alguns atores envolvidos nas mobilizações, os quais permeiam a análise acerca dos objetivos e hipóteses levantadas. Poucos discordam de que a Teologia da Libertação teve importância significativa dentro – e fora – da estrutura católica na história recente do Brasil. No entanto, estudos de casos de ações efetivas resultantes das práticas teológicas da libertação não são encontrados em profusão na Ciência Sociais. Esta pesquisa apresenta alguns resultados práticos de um estudo de caso da Teologia da Libertação a partir da práxis social do Pe.Orestes João Stragliotto e de atores sociais envolvidos pelo método sugerido pela Teologia da Libertação, qual seja, Ver, Julgar e Agir. Como resultado, vê-se que esta prática social resultou na formação de Movimentos Sociais e mobilizações populares na Zona Norte de São Leopoldo. Percebe-se que ela se deu nas décadas de 1980 e 1990 nas Comunidades Eclesiais de Base da Paróquia Santo Inácio,que influenciaram no modo de compreender a relação entre Igreja, política e vida, uma vez que estas práticas transformaram a realidade local e a vivacidade destes atores na institucionalidade política da cidade.