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Uma política permanente de valorização do
salário mínimo como variável de grande potencial distributivo tem seus efeitos
positivos, mas mesmo havendo uma valorização real do salário mínimo nos anos de
governo Lula, como também o aumento de emprego devido ao crescimento econômico
no período, o governo do PT não fez mudanças significativas. A elevação real do
salário mínimo pode se revelar numa transferência de renda real do conjunto de
um setor da população consumidora para determinado setor da economia. Não há
uma concentração de renda estática Furtado (2007a), ela é dinâmica porque o
centro dinâmico da economia se desloca de um setor produtivo para outro,
transferindo a renda real para grupos sociais diferentes, pode ser esse
fenômeno que ocorreu entre 2000 e 2009, quando o setor de serviço foi o setor
da economia que mais gerou empregos à frente da agropecuária e, sobretudo, da
indústria. Por exemplo, se em 2000 o setor de serviço tinha 45.959.713
milhões de pessoal ocupado, em 2009 já tinha 60.019.500 milhões de pessoal
ocupado, enquanto a indústria respondia em 2000, por 15.401.694 de pessoal
ocupado e, em 2009 esse número correspondia a 19.849.814 milhões de pessoal
ocupado. Esses dados mostram que o setor de serviço tinha em 2009, 9.611.658
milhões pessoal ocupado a mais que o setor da indústria, isto é, o setor de
serviço, nesse período, cresceu em relação ao setor da indústria em 216%.
Destarte, o
Partido dos Trabalhadores, ao optar por uma política de inclusão pelo consumo,
favorece esse fenômeno da concentração de renda dinâmica, como será verificado
mais adiante, uma tendência a determinados grupos sociais saírem de determinada
faixa de renda para outra, ao mesmo tempo que um grupo social com maior renda tende
a diminuir. Isto é, quando olhamos a evolução do rendimento familiar residentes
em domicílios particulares, por grande regiões, segundo as classes de
rendimento familiar per capita entre 2001 e 2001, segundo o IBGE, percebe-se
que em 2001 o total de famílias com renda entre 1 e 2 SM estava na casa de
22,6% do total de famílias, no ano de 2011 esse percentual correspondia a 25,8%
do total, o que significa que nesse período o total de famílias com
renda entre 1 e 2 SM subiu 14,15%, enquanto o total de famílias com renda acima
de 5 SM decresceu em 37,17%, ou seja, se em 2001 o total de famílias que
declaram ter renda acima de 5 SM correspondia a 7,8%, em 2011. Essa percentagem
caiu para 4,9% do total das famílias. Esses dados analisados, em conjunto com
dados da queda da desigualdade da renda, são indício de uma desconcentração de
renda.
Esse
movimento denota um deslocamento de certos grupos sociais de uma faixa de renda
para outra, em menor ou maior grau, de uma renda menor para outra maior ou de
uma renda maior para uma outra faixa de renda menor. É um movimento cuja
característica é de uma concentração de renda dinâmica, já que o grupo social
que mais se deslocou de uma faixa de renda para outra foram as famílias que
declaram sem rendimento saindo de 3,8% do total de famílias em
2001 para 2,2% do total de famílias em 2011. Em outras palavras, 42,10% dessas
famílias que declararam sem rendimento em 2001 passam a ter
algum tipo de renda posteriormente em 2011? Ao passo que as famílias que declaram
ter renda acima de 5 SM decrescem 37,17%.
Esses dados acima
analisados, em conjunto com os índices da desigualdade da renda, mostram uma
queda no período e apontam para um crescimento econômico com desconcentração de
renda entre aqueles que vivem do trabalho (R.;BRAGA,
2014 apud SINGER; LOUREIRO, 2016), e
que pode ser caracterizado por uma concentração de renda dinâmica.
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