O trabalho visa a apresentar as ações pedagógicas e de pesquisa do Grupo de Trabalho (GT) para a Inclusão e Acessibilidade em uma escola pública brasileira. As necessidades educacionais especiais dos alunos vinculadas às especificidades de colégio de aplicação de uma universidade e às políticas brasileiras para a educação inclusiva formam um contexto desafiador para docentes e técnicos. O GT emerge com a finalidade de encarar desafios, refletir acerca dos processos inclusivos que, ou não ocorriam, ou ocorriam de maneira inconsistente e propor estratégias nos âmbitos escolares, tais como, espaços de discussão interdisciplinares, intervenções junto às famílias, apoio especializado, visitas técnicas, entre outros. Quais são as necessidades educacionais especiais de nossos alunos? De que maneira se dá a inserção dos alunos aos conteúdos, às práticas pedagógicas e aos espaços do colégio? Quais são as legislações nacionais em vigência? Tais questões nortearam a implantação do GT e orientam as propostas lançadas por ele. Identificar as dificuldades da própria escola nos auxilia a ressignificar o que venham a ser os modelos até então seguros e “eficientes” a fim de se repensar os padrões de normalidade, a exatidão da normatização e qual espaço a escola oferece, de fato, à diferença. A inclusão escolar, relativamente nova no cenário educacional brasileiro, exige de seus atores o refletir para transformar a estrutura escolar, suas condições de acesso, seus recursos, a formação de seus professores, seus projetos, os espaços físicos e simbólicos, a interlocução com a comunidade. Enfim, é a valorização das diferenças enquanto suporte fundamental à aquisição de habilidades intelectuais, físicas, sociais e psíquicas a proposta do GT aqui apresentado, seus entraves e conquistas. Desde a implantação do GT, percebemos alguns avanços nas concepções sobre inclusão na instituição, o que confere a esse espaço um campo propício e necessário de interlocução acadêmica e práticas pedagógicas.