A construção do conceito de diferença, os preconceitos que emergem nas relações sociais infantis, sobretudo as implicações destas construções na subjetividade das crianças, são elementos que buscamos estudar neste trabalho. Com a presente proposta pretendemos discutir sobre os processos de socialização das crianças no cotidiano escolar e como elas podem compreender e se apropriar das diferenças entre si mesmas e seus grupos de convivência e, por sua vez, das mais variadas formas de preconceito que, nessas relações, se desenrolam. Essa problematização é pertinente, uma vez que em nossa sociedade, os “preconceitos” são um tipo de representação e mecanismos de exclusão recorrentes no contexto escolar, expresso de várias maneiras e voltado para diferentes grupos. Consideramos a diferença como algo inerente e natural aos seres humanos e a socialização como a forma que possuímos de apropriação, fomentação, trocas e identificação com a nossa cultura na história. Para tanto, abordaremos elementos sobre a construção do conceito de diferença e os preconceitos que emergem na subjetividade da criança, na tentativa de avançarmos na inteligibilidade científica na área da educação, com o propósito de contribuir para a permanente construção de uma escola focada na aprendizagem de todos como sujeitos singulares, sobretudo compreender (superar) os mecanismos de exclusão e nos aproximarmos de uma educação mais humanizada.