As grandes mudanças provocadas pela Transformação Digital, em contexto de Economia Digital, estão a acontecer a um ritmo muito acelerado. A inovação tecnológica está a ter grande impacto na forma de gerir projetos e a Gestão de Projetos está a adaptar-se a uma nova realidade.

Os Gestores de Projetos, nesta perspetiva, devem ter um perfil adequado, com capacidade de associar a inteligência emocional e a consciência cultural às suas capacidades técnicas, tirando vantagem da utilização das novas tecnologias, como a inteligência artificial, o Big Data e outras, com o objetivo de aumentar a probabilidade de sucesso dos projetos e contribuir com valor acrescentado para a economia, o meio ambiente e para a sociedade em geral.

Em 2014, Harold Kerzner colocou a seguinte questão numa entrevista que concedida: “Apenas se obtém valor com um projeto quando este adiciona algo positivo e significativo ao negócio, mas quantos projetos adicionam valor?”. Podemos questionar se um projeto não acrescentar valor ao negócio e à sociedade será um projeto útil?

Neste contexto, há que considerar, também, a evolução do antigo modelo de triple constraint, baseado na avaliação do tempo, custo e âmbito, sabendo que se estas três dimensões forem cumpridas o projeto terá qualidade, para um modelo mais complexo proposto pelo Green Project Management, que se baseia no conceito de 5 “P”, nomeadamente, Pessoas, Prosperidade, Planeta, Processos e Produtos e onde são adicionadas as dimensões Risco, Valor e Benefícios.

Todas estas questões surgem como consequência de movimentos existentes numa sociedade assente num processo de globalização, num planeta com recursos escassos, com uma preocupação, cada vez mais forte, com a sustentabilidade. Os projetos, para além de contribuírem para satisfazer as necessidades dos seus interessados, também devem contribuir com valor acrescentado para o meio ambiente e para a sociedade

A evolução para um modelo de Gestão de Projetos que permita garantir a sustentabilidade é fundamental, pois o nosso planeta tem recursos limitados, verificando-se a evidencia de poluição generalizada e, também, as alterações climáticas.

Surge, também, a questão de qual a melhor abordagem a seguir no desenvolvimento de um novo projeto, existindo hoje, para além das abordagens tradicionais preditivas e das abordagens ágeis, as recentes abordagens híbridas, que pretendem reunir as características positivas das duas abordagens anteriores.

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