Este estudo teve como objetivo analisar o uso do software educativo Gcompris como ferramenta pedagógica no processo de ensino e aprendizagem em uma perspectiva inclusiva. Um dos desafios atuais da escola é atender a todos os estudantes possibilitando o acesso não apenas ao ambiente escolar, mas efetivamente às ações que favoreçam a aprendizagem como um processo de construção individual. Assim se torna importante conhecer como um software educativo pode se inserir como ferramenta de apoio as práticas pedagógicas para atender ás diferentes demandas educacionais presentes na sala de aula. Serviram como referencial teórico o estudo sobre práticas pedagógicas de Freire (2011), as concepções de Mantoan (2004) sobre a perspectiva inclusiva da educação, as ideias de Leite e Sampaio (2013) sobre os desafios atuais de capacitação docente para o uso da tecnologia e a compreensão de Masetto (2000) sobre a importância da mediação pedagógica do professor no processo de aprendizagem. A metodologia utilizada foi de abordagem qualitativa, por meio de um estudo de caso realizado em uma classe da escola pública do Distrito Federal, tendo como participantes dezesseis estudantes, sendo três com necessidades educacionais específicas identificadas, as professora regente, do Atendimento Educacional Especializado, do laboratório de informática e a coordenadora pedagógica. As estratégias de pesquisa utilizadas foram análise de documentos institucionais, observação participante, entrevistas semiestruturadas e a roda de conversa. Os resultados obtidos indicaram que o conhecimento sobre a tecnologia utilizada com intencionalidade amplia suas possibilidades pedagógicas e potencializa a mediação docente, agregando maior significado ao processo de ensino e aprendizagem. Outro fator indicado é que a utilização do software Gcompris auxilia na construção de práticas pedagógicas inclusivas desde que o seu uso seja planejado sistematicamente no movimento de reflexão e ação no cotidiano escolar pautado no respeito à singularidade no aprender.