O presente artigo tem como finalidade refletir sobre a construção do sujeito, do trabalho e da educação na sociedade pós-moderna, em especial no contexto escolar vigente no Brasil. Coloca-se em evidência a necessidade da construção de um sujeito que se reconheça como parte importante do processo educacional e da construção social. Apresenta a escola como uma possibilidade de um ponto de mutação para a construção de um novo modelo social menos desigual, cujo conhecimento pode ser transmitido a todos, independente de sua classe social. A metodologia, de base qualitativa, define-se numa pesquisa bibliográfica a partir das principais categorias teóricas: homem, educação, escola e trabalho. A fundamentação teórica está baseada no pensamento crítico de Marx traduzido por Antunes (2012), Paro (2013), dentre outros. Os resultados e conclusões refletem a necessidade de uma construção educacional cooperativa e consciente, capaz de promover uma educação que considere o sujeito como parte fundamental do processo educacional, um sujeito que compreenda o trabalho em sua essência: livre e criativo. Enfatiza-se a visão dialética entre a escola e o trabalho na formação do conceito de sujeito e a possibilidade/necessidade de promover uma transformação na configuração desigual e injusta da contemporaneidade a partir da educação. Este contexto capitalista imputa-se a escola uma pesada responsabilidade sobre a educação, pois sabe-se que uma transformação absoluta é utópica. Porém, com base na história humana, a educação já provou ser capaz de transformar contextos sociais catastróficos em possibilidades para a transformação social e a emancipação do homem.