O Ensino de Matemática no Brasil tem sido objeto de estudos, e diversos resultados apontam a necessidade de haver mudanças significativas nos cursos de formação inicial de professores de Matemática.  É importante que haja uma relação dialógica entre a formação pedagógica e específica do futuro professor de Matemática, para que este seja capaz de elaborar atividades que visem o desenvolvimento das competências e habilidades necessárias aos alunos da Educação Básica. Dentro deste cenário, observa-se que, além disso, no Brasil, o ensino de Geometria sofreu um abandono durante décadas e, com isto, os estudantes da licenciatura chegam ao Ensino Superior com muita defasagem, tanto nos conteúdos quanto no desenvolvimento de competências relacionadas a esta área. Duval (2003) aponta que, para que haja a compreensão em Matemática, é necessário que se mobilize a coordenação de pelo menos dois registros de representação semiótica de um objeto matemático. Assim, durante um semestre letivo de Geometria Euclidiana, elaboram-se atividades que contemplem diversos registros de representação semiótica. Para o presente trabalho, utilizamos os pressupostos das Metodologias Ativas, especificamente, o Flipped Classroom, conhecida no Brasil como Aula Invertida. Os primeiros conceitos sobre essas metodologias foram desenvolvidas por vários pesquisadores, dentre eles Erick Mazur. Para esse autor, a aprendizagem dever ocorrer dentro e fora da sala de aula, ou seja, os alunos devem ser orientados com um plano de estudos antes da aula presencial, de modo que, ao virem para a Universidade, tenham tido contato com o tema e tragam ideias para serem discutidas entre eles,  seus colegas e o professor.  A proposta deste trabalho é apresentar os resultados de um estudo de caso, com base nas premissas apresentadas, realizado com alunos do curso de Licenciatura em Matemática de uma universidade brasileira.