Nesta comunicação, temos o propósito de analisar o impacto que as ideias pedagógicas contemporâneas podem causar a aspectos como institucionalização, currículo, didática e avaliação dos textos literários. Para isso, propomos uma discussão de alguns conceitos e ideias como, por exemplo, Yearners and Schoolers por Papert (1993), Inteligências Coletivas & Mediador das Inteligências Coletivas por Levy (1999), Educação Ubíqua por Santaella (2013), Aprendizagem Rizomática por Comier (2008) e Conectivism por Siemens (2004). A partir destes aspectos discutimos comparativamente as divergências com o ensino de literatura institucionalizado no Brasil, em especial no ensino básico, por meio de leis, documentos (PCNS e OCEMS) e livros didáticos (PNLD). A metodologia utilizada neste trabalho foi uma análise documental e bibliográfica dos textos que versam sobre a educação literária sob um olhar comparativo das teorias contemporâneas a respeito do processo de ensino e aprendizagem. Os resultados apontam para uma incipiente atualização das discussões nos documentos oficiais, mas ainda há uma resistência que assegura certas pedagogias tradicionais que não leva em consideração novas formas de aprendizagem e conhecimento, e que sustentam uma visão horizontal de transmissão de conhecimentos, currículo e avaliação única dos textos literários, sem atentar para multiplicidade de linguagens e cognições. Neste sentido, concluímos que é preciso uma abertura das instituições escolares para entender as novas dinâmicas comunicacionais e a pluralidade de linguagens e um fomento a uma forma institucional de educação que se atualize com os novos modos de organização dos estudantes millennials e nativos digitais.