É sabido que a educação interprofissional pode reforçar as atitudes e comportamentos para o trabalho em equipe e colaboração, levando a uma melhor assistência ao paciente. O objetivo fundamental da educação interprofissional é a formação de estudantes de graduação na área da saúde mais preparados para a prática interprofissional. O presente estudo trata-se de um relato de experiência de aprendizagem interprofissional por meio de projetos de pesquisa assistenciais. O projeto de pesquisa aqui relatado trata-se do Aconselhamento Genético (AG) para a mutação germinal R337H, presente no gene TP53; a qual, segundo pesquisas, tem relação com a predisposição para doenças como o Tumor do Córtex Adrenal (TCA), apresentando alta incidência no sul e sudeste do Brasil. O processo de AG levanta questões da genética médica e deve considerar características individuais, familiares, culturais e os diversos sentimentos oriundos ao resultado do teste genético. Nesse cenário, a presença da equipe interprofissional, pode auxiliar o paciente diante do resultado, trazendo um olhar biopsicossocial para a demanda em questão. A equipe conta com a participação de Médicos, Enfermeiros, Psicólogos, Farmacêuticos, Biólogos e Biomédicos, além de Estatísticos e Programadores de Sistemas. Aproximadamente 30 estudantes de graduação dos cursos de medicina, farmácia, biomedicina, psicologia e enfermagem participaram deste projeto de pesquisa.  A integração desta equipe permite que cada um tenha conhecimento das habilidades individuais de cada profissão e, em equipe, permitem o sucesso do acompanhamento das famílias que apresentam positividade para a mutação. Como se trata de um estudo de coorte para uma determinada mutação genética o dia-a-dia da pesquisa fortalece o ensino e integração da equipe interprofissional, na qual os estudantes e profissionais aprendem a dialogar entre as diferentes, mas indissociáveis, áreas de atuação.