Ao conceito de autorregulação da aprendizagem associamos um conjunto de pensamentos, ações e planificações que devem estar na base da aprendizagem (Zimmerman, 2000, 2002). Para que tal aconteça, o estudante deve ser capaz de definir objetivos e estratégias, monitorizar e avaliar percursos, gerir tempos e recursos. As perceções sobre a instrumentalidade vão influenciar o investimento cognitivo dos estudantes face aos objetivos que pretendem alcançar. Os estudantes autorreguladores têm uma perceção positiva da sua autoeficácia que se constrói e evolui, tendo por base as suas realizações. Por isso, conseguem percecionar a sua instrumentalidade e recorrerão mais às estratégias de autorregulação. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre a perceção de autoeficácia para autorregular a aprendizagem e a perceção da instrumentalidade da autorregulação da aprendizagem na nossa amostra. A nossa amostra é constituída por 328 estudantes adultos em contexto online. 73% são do sexo feminino e 27% do sexo masculino cuja média de idades é de 40 anos e estão no ensino online, em média, há cerca de 1,7 anos. A recolha dos dados foi feita, online, através de um questionário com duas partes, tendo cada uma 10 afirmação. Os resultados apontam para uma elevada consistência interna das duas partes, ambas com um α = 0,91. Os resultados revelam uma correlação positiva e significativa entre estas duas partes (r=.439, p=.001). Em síntese tal como indica a literatura a perceção da autoeficácia para autorregular aprendizagem relaciona-se de uma forma positiva com a perceção da instrumentalidade dos processos de autorregulação da aprendizagem. Por isso, é importante continuar a desenvolver ações que promovam a autorregulação da aprendizagem para garantir a implicação dos estudantes no seu processo de formação, fomentando a sua autonomia num processo de aprendizagem que se quer, cada vez, ao longo da vida.