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1 INTRODUÇÃO
Este
trabalho tem como finalidade o relato de experiência de uma equipe de
desenvolvimento tecnológico envolta em um projeto de formação continuada na
região amazônica em meio a uma pandemia. O objetivo é descrever os desafios do
planejamento de um Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA no que concerne aos
desafios tecnológicos de uma equipe de profissionais em torno da solução de
problemas. Especificamente, o trabalho se divide em quatro objetivos diretos:
descrever o Grupo Tecnológico, mapear o processo de concepção do AVA: Alfa-GCE,
Relatar a Experiência do Desenvolvimento Tecnológico no Contexto de uma
Pandemia e Avaliar os Resultados da Experiência.
O
projeto se origina a partir do trabalho realizado pelo Centro de Formação
Continuada, Desenvolvimento de Tecnologias e Prestação de Serviços para Rede
Pública de Ensino – Cefort, espaço multirreferencial e desafiador por natureza,
dadas as suas condições geográficas, institucionais e políticas. Tendo como razão
de ser o desenvolvimento de tecnologias para servir à rede pública de ensino do
estado do Amazonas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A
humanidade possui toda uma trajetória de evolução fundamentada nos avanços
tecnológicos que foi capaz de criar para acrescer às suas capacidades e
possibilidades; é possível mesmo definir a trajetória humana em virtude da
tecnologia de cada período histórico. Em praticamente todas as áreas do
conhecimento, as tecnologias mais recentes são cobiçadas como meio para
vantagem estratégica de sobrevivência, de negócios, de liderança... No âmbito
da educação, entretanto, ainda há uma inquietante resistência e desconfiança
quanto ao papel das tecnologias como meio de potencializar o aprendizado:
os professores não
estão sensibilizados quanto ao uso da informática na área educacional? Por que
não, se os demais profissionais das diversas áreas do conhecimento humano já
utilizam a informática como instrumento auxiliar de seus trabalhos? (TAJRA.
2012)
Finalmente, importa que o processo de mudança de paradigma a respeito da construção de ferramentas tecnológicas supere o paradigma da racionalização e irrompa cada vez mais no território da ergonomia, da atenção ao humano como usuário final, mas que dele parta as concepções de desenvolvimento tecnológico, não apenas com vistas em produtividade e lucro, mas, com propósitos de qualidade de vida, no caso, qualidade de ensino e de aprendizado.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para alcançar os objetivos desta pesquisa, os caminhos metodológicos definidos foram: descrição de experiência no desenvolvimento de um AVA num contexto específico de distanciamento social em meio a uma pandemia, recorreu-se a uma pesquisa qualitativa, com o método de Observação Direta Participante, organizada em três estágios, sendo o primeiro estágio: a descrição do ambiente e da equipe de desenvolvimento tecnológico do Cefort, o segundo estágio formado pela descrição técnica dos agenciamentos para a concretização das atividades do projeto Alfa-GCE e, no terceiro estágio, uma apresentação de resultados a respeito das observações e experiências profissionais resultantes da experiência.
4 DESENVOLVIMENTO
4.1 A Concepção do Ambiente Virtual
de Aprendizagem ALFA-GCE
O
trabalho de concepção do AVA para o ALFA-GCE seguiu a rotina básica já
consolidada pela equipe tecnológica do Cefort em que se discute em reuniões
iniciais os objetivos de cada projeto, seguido de elaboração de esboço do
ambiente virtual que, por sua vez, é encaminhado para o trabalho de design para
criação de uma proposta de identidade visual contendo o layout básico do AVA;
em seguida, a equipe de desenvolvimento trabalha para construir a plataforma
virtual o mais aproximado possível da proposta gráfica, dentro das
possibilidades e limitações da tecnologia, resultando em idas e vindas,
discussões e ajustes a fim de chegar a um AVA que contemple os conceitos de
ergonomia e usabilidade, visando uma melhor experiência do usuário, trazendo a
atenção para o processo de educação; afinal, as tecnologias fazem a diferença
ou não?
4.3 AVA em Moodle
O Portal Alfa-GCE em seu aspecto como Ambiente Virtual de Aprendizagem, está construído sob a plataforma Moodle - Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Ambiente de Aprendizagem Modular Dinâmico Orientado a Objetos), cuja sigla expressa os conceitos principais contidos no software: o propósito de ser um espaço virtual voltado para a educação, composto de módulos distintos que interagem entre si dinamicamente e que, na prática, significa facilitar o acréscimo ou a remoção de funcionalidades sem comprometer a execução do programa. O Moodle agrupa uma série de conceitos, elementos técnicos e recursos tecnológicos que o tornam umas das plataformas mais utilizadas no mundo para a finalidade de ensino mediado por tecnologias, seja em setores públicos ou privados.
4.3.1 O Moodle Mobile
O
Moodle Mobile é a versão da plataforma para dispositivos móveis, permitindo o
acompanhamento de cursos utilizando principalmente os smartphones. A ideia do
uso do Moodle na sua versão para dispositivos móveis, ventilada em projetos
anteriores, porém, como se fora uma premonição do que viria com a pandemia de
2020, a ideia ganha corpo no decorrer do projeto Alfa-GCE e busca-se
implementar o seu uso como uma opção extra para o acesso e acompanhamento do
projeto pelos cursistas, tendo em vista que o contexto de precariedade no
acesso ao serviço de conexão à internet no estado do Amazonas é um dos maiores
entraves ao sucesso de todo projeto de desenvolvimento tecnológico educacional
para a região.
Durante o Projeto Alfa-GCE, foram obtidos relatos dos cursistas a respeito do uso da plataforma mobile onde, dependendo da região do estado, chegou-se a 20% de cursistas que utilizaram com sucesso o Moodle Mobile.
4.4 A Pandemia
A segunda quinzena do mês de março de 2020 marca as ações de suspensão das atividades da Universidade Federal do Amazonas – Ufam e consequentemente, do Cefort; medidas para combate à pandemia causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) e que impactou diretamente o projeto Alfa-GCE tendo em vista que, embora o projeto trate de tecnologia de ensino a distância, possuíam uma gama de estratégias de acompanhamento presencial periódico a ser feito nos municípios participantes além do comprometimento do projeto em ambas as pontas devido às alterações drásticas na rotina das secretarias de educação municipais, das escolas e de toda a comunidade escolar que estas instituições englobam, sem contar com toda a dramaticidade da situação já que Manaus, capital do estado do Amazonas, foi um dos maiores focos de contágio da doença no Brasil.
5
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alcançar, com um projeto de formação de professores, uma região de mais de um milhão e meio de quilômetros quadrados já seria por si uma tarefa desafiadora, porém, ao acrescentar-se o fato de ser a região amazônica onde o acesso por estradas é escasso, o serviço de internet é precário somados ao fato de que a região se tornaria um dos epicentros da pandemia no país, tornou cada resultado em uma grande vitória. Sendo assim, o projeto Alfa-GCE se estendeu por 53 municípios, com 366 cursistas inscritos, e que, embora tenham ocorrido evasões e grandes dificuldades de acompanhamento por parte dos mesmos, ofereceu uma plataforma de aprendizagem virtual com recursos que permitiram não somente o acesso e a possibilidade de realização de curso de formação continuada como também um repositório de materiais que podem ser utilizados para consulta e como fonte de novas metodologias especialmente no que se refere ao momento do país em que há uma Base Nacional Comum Curricular – BNCC em implantação e assim, o Projeto Alfa-GCE contribuiu com esse processo de desenvolvimento do currículo escolar da educação básica.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
experiência ímpar que compreendeu as ações da equipe de desenvolvimento
tecnológico do Cefort no âmbito do projeto Alfa-GCE se mostrou uma oportunidade
de demonstração da capacidade criativa de construção das possibilidades para
superação de situações desafiadoras inusitadas, tendo atingido, junto com os
resultados exitosos de todo o projeto, um senso de dever cumprido, de
capacidade de trabalhar em equipe mesmo à distância, de profissionalismo e
certeza de ter contribuído com a parte que lhe cabe na relevância do avanço da
educação no estado do Amazonas, fazendo jus aos trabalhos do Cefort/UFAM.
REFERÊNCIAS
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TAJRA, Sanmya F. Informática na Educação: Novas Ferramentas
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THOMÉ,
Zeina R. C. O Parlamento das Técnicas e dos Homens. Um estudo sobre as
redefinições do trabalho numa indústria da Zona Franca de Manaus/Zeina Rebouças
Corrêa Thomé. Florianópolis, UFSC/CTE, 2001.
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