Este trabalho busca apresentar o processo de transformação de escolas brasileiras consideradas democráticas, que através de práticas pedagógicas consideradas inovadoras, se reinventaram diante dos desafios contemporâneos e deram um novo significado à escola e ao processo de aprendizagem, colocando o aluno como protagonista desse processo. As escolas democráticas se diferem das tradicionais por focarem no sujeito e não em resultados, fazendo uso de estratégias que realmente colocam o aluno como protagonista da sua aprendizagem. Desta forma, apresentaremos o trabalho de escolas brasileiras que se destacam por fundamentarem sua prática pedagógica em uma abordagem democrática de educação, como, por exemplo, a Escola Politeia; a EMEF Desembargador Amorim Lima; o CIEJA Campo Limpo; a EMEF Campos Salles, em Heliópolis, foco deste estudo. Paredes foram derrubadas e salões de aprendizagem foram instaurados. Alunos e professores passaram a trabalhar em grupos a partir de um roteiro construído coletivamente. O termo democracia tratado aqui, aparece no sentido de enfrentamento do ensino baseado na “reprodução e cópia”, o qual permanece fortemente instaurado na cultura escolar. O acervo bibliográfico de Paulo Freire se constitui referencial para a abordagem sobre escolas democráticas, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia e emancipação. O desejo de uma educação para a emancipação, pautada na democracia que deve estar verdadeiramente a serviço de uma população e não de uma classe, de uma democracia que sirva a todos igualmente, sem benefícios diferenciados, nem privilégios. Escolas democráticas devem contribuir e colaborar para a constituição de cidadãos emancipados a partir de uma relação dialética entre sujeito e sociedade, engajados na transformação social.