A contextualização é um dos princípios que nos últimos anos tem sido utilizado como ferramenta para aproximar os conteúdos escolares à vida cotidiana dos estudantes, estando presente nos principais documentos orientadores do currículo no país e no Estado. Sua presença nas aulas, no entanto, segue sendo um desafio, devido a vários fatores, dentre eles a formação docente que prioriza o modelo disciplinar e isolado de trabalhar os conhecimentos. Neste contexto, este trabalho é resultado de uma breve investigação realizada com o objetivo de reestruturar o planejamento de Física em uma Escola de Referência em Ensino Médio do Estado de Pernambuco, que funciona em regime semi-integral localizada na cidade do Recife. Tivemos como objetivo identificar, entre os estudantes de uma turma primeiro e outra do terceiro ano do Ensino Médio, as perspectivas sobre o ensino de Física e quais as relações que eles fazem entre o que estudam o a vida cotidiana. A fundamentação teórica procura brevemente apresentar reflexões sobre o currículo e a contextualização, desde autores que desenvolvem conceitos sobre o tema, como nos documentos oficiais que orientam a construção dos currículos e prática docente no Brasil e no Estado. Para tanto, utilizamos o enfoque qualitativo, com a coleta de dados a partir de uma entrevista semiestruturada, nas quais os estudantes apresentaram suas impressões sobre o ensino de física. Os resultados apontam para a manutenção da separação entre a teoria e prática, além da necessidade de propostas de formação continuada para os docentes, com o objetivo de diminuir a brecha existente entre a escola e a sociedade em que está inserida.