Este trabalho teve como foco a apreensão do que dizem alunos do último ano do Ensino Fundamental, a respeito das atividades didático-experimentais realizadas em uma escola da Rede Escolar Pública Estadual de Mato Grosso. O uso de experimentos nas aulas de Ciências Naturais constitui em importante ferramenta no processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo com a integração teoria e prática. Entende-se aqui prática e teoria como unidade integrante de uma mesma totalidade, ainda que com características distintas. Parte-se do princípio de que as atividades didático-experimentais não podem se resumir em conjunto de ações voltadas apenas para a repetição e observação de experimentos. Ao contrário, espera-se que estas se constituam em momentos que possibilitem ao aluno a reflexão sobre o fazer ciência e a maneira como ela se integra ao seu cotidiano. O presente trabalho consistiu na realização de cinco atividades didático-experimentais, para duas turmas da fase final do Ensino Fundamental, em 2017. Ao final de cada aula, foi solicitado relatório que deveriam conter pontos positivos e negativos atribuídos pelos alunos às atividades realizadas. 260 relatórios foram coletados. Esses documentos são compostos de questões descritivas, nas quais se procurou ressaltar o que o aluno havia aprendido ao executar o trabalho e quais suas maiores dificuldades. A maior parte das respostas centrou na descrição do conceito científico envolvido. Entre os pontos positivos foi destacada a troca de informação e a socialização que ocorria no momento da realização da atividade. Dentre os pontos negativos, foi ressaltada a dificuldade com os materiais e o tempo que ficavam envolvidos com a atividade. Os dados obtidos permitem afirmar que as atividades didático-experimentais ampliam as possibilidades de aprendizagem dos alunos, sendo destacado o melhor estabelecimento de significado aos conceitos trabalhados, rompendo com a vertente tradicional no ensino centrada na memorização e no acúmulo de informações.