Este artigo pretende analisar e discutir a partir do livro O presidente negro, único romance de Monteiro Lobato, as tentativas de silenciamento do negro e da sua organização em um movimento.  A busca por uma identidade nacional que continua idealizada, que expurga o homem negro, pois o negro não é ideável, embora a constituição do povo seja híbrida, já que possui características das três etnias: o branco europeu, o índio filho da terra e o negro da África. A cerne principal do artigo é, após ter analisado, demonstrar algumas das falas, de exclusão, encontradas na prática docente, principalmente na rede pública estadual de educação, no ensino das disciplinas de História e de Literatura brasileira, disciplinas que dialogam em seus conteúdos, e que ao mesmo tempo são relevantes no sentido de combater os discursos apresentados pelo senso comum. Abordar as particularidades das relações raciais incidentes na Educação, que vêm precedidas da exposição das raízes históricas e sociais do enganoso pensamento racial que pôs e imputou ao cidadão negro condições, intensamente, desvantajosas na sociedade. Ressaltamos que embora existam diferentes configurações e arquétipos de educação, entendemos a escola como um ambiente no qual há aprendizagem, e aquinhoamos mais que o conteúdo ministrado, pois nela são ainda apreendidas crenças, costumes e preceitos, como também pode ratificar os preconceitos de gênero, classe social e racial. Tendo em vista que entre as violências que podem ocorrer na escola, contra a escola e pela escola, nos interessa a última, pois ela possui um caráter institucionalizado e simbólico, uma vez que os jovens lidam com a maneira como a instituição, por meio de seus agentes, os abordam, seja com palavras desdenhosas ou por sua composição de classes impregnadas de uma semântica racista.