A inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior, no Brasil, é cada vez mais frequente, o campo das legislações sobre a educação especial é profícuo, no entanto não garante na totalidade a efetivação de práticas que promovam o pleno desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. Os resultados do censo da educação brasileira demonstram que o Brasil tem aumentado a inclusão de alunos com deficiência, no ensino regular. No ano de 2017, a Educação Básica registrou 893.590 alunos de educação especial matriculados na rede regular de ensino; o Ensino Superior registrou 38.272 alunos com deficiência. Nos últimos cinco anos evidenciou-se aumento de 38,20% do índice de inclusão de pessoas com deficiência na Educação Básica e de 31,82%, no Ensino Superior. O presente trabalho tem por objetivo apresentar dados referentes a pesquisa realizada em uma universidade da rede de ensino privada, atuante nas modalidades presencial e EaD, para verificar como essa se organiza e implementa práticas de atendimento que visam o ingresso, a permanência, a conclusão dos estudos e da formação, na perspectiva da educação inclusiva, dos estudantes com deficiência. É importante destacar que a instituição, na modalidade EaD tem abrangência nacional, contando com 88 polos em 20 estados do território nacional. A pesquisa, de cunho qualitativo envolveu o Núcleo de Apoio Discente e o Programa Permanente de Acessibilidade, sendo que a coleta de dados ocorreu por meio de questionário. A partir da análise dos dados emergiram três categorias temáticas que permitiram inferir sobre o perfil dos estudantes com deficiência, a organização administrativa e pedagógica da educação inclusiva na instituição e as dificuldades encontradas para a efetivação do ingresso e permanência destes estudantes. Para finalizar, problematiza-se sobre as barreiras que ainda devem ser superadas para o atendimento dos direitos garantidos por lei, para a educação dos estudantes com deficiência.