“O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu compreendo”. — Confúcio (500 A. C.)   As antigas bases de ancoragem da educação estão em evidente crise. Nos últimos anos, percebemos um crescente desejo de releitura dos tradicionais espaços pedagógicos, o que fez eclodir no mundo questões que abalaram a suposta sacralidade de determinados discursos e metodologias educativas. Novas práticas emergiram, descortinando as  relações de poder presentes nas salas de aula, problematizando os “monologuismos” e a unidimensionalidade do fazer educativo e deslocando cada vez mais o papel do aluno de “objeto pedagógico” para “sujeito performativo”. É nesse cenário que observamos a difusão das chamadas metodologias ativas, que ressignificam os espaços das salas de aula, incentivando os alunos a participarem ativamente do processo de aprendizagem, partindo de problemas e situações reais.  As metodologias ativas pressupõem uma ideia de currículo produtivo, negociando as construções dos conteúdos e dos lugares enunciativos e valorizando o processo e as contingências.  As práticas pedagógicas que emergem com essas metodologias fazem transbordar atitudes investigativas, reflexivas e criadoras, sem deixar de considerar as rasuras, erros e acasos como partes constituintes do fazer pedagógico e do estar no mundo. No entanto, apesar de percebermos uma profusão cada vez maior das metodologias ativas, reorganizar nosso universo de referências, reconsiderar e revisar as ações pedagógicas dominantes é sempre um desafio. Dessa forma, percebemos que um dos caminhos viáveis para incentivar as transformações das práticas educativas está em oportunizar aos professores e professoras a possibilidade de também vivenciarem experiências ativas de aprendizagem. Pretendemos, portanto, neste congresso, engajar os participantes através de algumas metodologias ativas, tais como just-in-time teaching, think/pair/shair, KWL, museum teaching e design thinking, utilizando atividades práticas e colaborativas, que estimulem os educadores a desejarem replicar com seus estudantes.