O ensaio objetiva tecer notas sobre o trabalho docente como categoria ontológica do ser a partir da realidade da educação escolar. Comumente a educação se aninha nas estruturas sociais da sociedade, em especial na escola. O estudo parte da seguinte problematização: como as categorias trabalho docente, transformação/emancipação, estruturas sociais e escola estão configuradas na educação para além do capital? Tendo em vista, que o diálogo estabelecido com outros elementos da teoria do ser nos mostra que o trabalho docente geralmente é alienado e submetido às estruturas administrativas impostas pelo Estado. Diante desta realidade o docente, amedrontado com tantas exigências oriundas do trabalho que desenvolve, sente-se compelido e limitado no espaço escolar. O estudo, de natureza qualitativa, pauta-se na pesquisa bibliográfica e de campo. O instrumento de pesquisa será o questionário aplicado a (06) professores da rede de ensino público da Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal – SEEDF/Brasil. A fundamentação teórica focaliza teóricos como Marx (1989), Engels (2013), Lukács (1978), Frigotto (2010), Antunes (1999), Gramsci (2006), Hypolito (2013), Apple (1995), Fidalgo (2009), Enguita (1991), Giroux (1997), Nóvoa (2013), Contreras (2012), Gatti (2011), Libâneo (2013), Ferreira (2013), Albuquerque (2012), Canário (2005), dentre outros. Com base nestes fundamentos teceremos a triangulação entre a influência da educação, estruturas sociais e transformação. As conclusões do estudo apresentam que o trabalho docente, por meio de sua praxe, pode vir a transformar as estruturas sociais e, com isto elevar a qualidade de ensino no país mediante a educação libertadora e emancipadora.