As transformações societárias ocorridas em todo o mundo, e em especial na América Latina na primeira metade dos anos 2000, com a chegada ao poder dos chamados governos "democráticos-populares",cujos ciclos foram encerrados por meio de uma sucessão de golpes contra a democracia entre os anos de 2014- 2016, são os elementos centrais que este trabalho pretende analisar, refletir e propor intervenções. O objetivo deste artigo é discutir a fragilidade do sistema democrático brasileiro a partir do debate sobre o fechamento dos canais de participação social dado o golpe jurídico-político e midiático que culminou no impecheament da ex-presidente da República, Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo voto popular em 2014. Este também pretende dialogar sobre o avanço da extrema direita no país, sendo a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas em 2018 o maior expoente desse processo, fato que desencadeia a necessidade de rearticulação e novas metodologias de intervenção de movimentos sociais e populares no campo progressista.