O presente trabalho apresenta um estudo de caso das relações sociais e educativas vivenciadas por uma idosa sentenciada à internação em um Centro de Ressocialização da região de Araraquara, estado de São Paulo/Brasil. O estudo seguiu procedimentos metodológicos qualitativos, fazendo uso da análise de conteúdo. Entre as conclusões do estudo vale apontar que a idosa, em vista da situação de envolvimento com infração penal, manifesta: (i) arrependimento; (ii) preocupação em ter boa conduta; (iii) trabalhar para reduzir a pena; (iv) saudades da liberdade; (v) momentos positivos de reflexão para repensar atitudes equivocadas como o individualismo e acúmulo de bens materiais (nem sempre necessários) para as satisfações pessoais, atados que estão aos motivos das infrações. Um novo modelo penitenciário brasileiro precisa ser pensado no sentido de proteção dessas ralés excluídas, em decorrência de viabilizar um significado pedagógico muito relevante para a reprovação da ação ilícita e contribuir para o processo redirecionamento social da pessoa presa.