Esse trabalho reúne reflexões sobre pesquisas desenvolvidas no Brasil, vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE-UnB). Analisamos o sistema de inclusão na educação brasileira e avaliamos o processo de inserção de professores na educação básica inclusiva sob a perspectiva de constituição da profissionalização a partir da tríade profissionalização, profissionalismo e profissionalidade. Dessa forma objetiva-se discutir as fragilidades e potencialidades da formação inicial dos professores para o exercício da profissão em turmas de inclusão e possíveis relações com a experiência do Programa de Residência Docente – que é um programa de pós-graduações lato sensu. Esse programa articula a formação inicial à formação continuada e o processo de profissionalização. A profissionalização surge por ambiguidades e tensões que envolvem um processo de qualificação, especialização e regulação adequado à produção e reprodução do trabalho e da vida. Na educação brasileira, diversas mudanças ocorreram e vêm ocorrendo em prol de uma educação que atenda a todos consoantes suas necessidades individuais de modo coletivo. Essas transformações vêm gerando nos professores a necessidade de cada vez mais se profissionalizarem para atender a demanda de cada área, principalmente no contexto da inclusão escolar. Nesse sentido, a pesquisa identificou os seguintes aspectos: a) que na formação inicial os indivíduos tornam-se profissionais, mas como toda profissão faz-se necessário um processo de profissionalização e não cabe culpabilizar a formação inicial; b) que para educação inclusiva há necessidade de um maior movimento na formação inicial e continuada para dar conta das demandas do modelo escolar inclusivo ; c) a necessidade de programas de Estado nos moldes da Residência Docente para auxiliar os professores na construção da sua profissionalidade nesse contexto. Nenhuma formação inicial dará conta de formar um professor de modo completo para atuar com a inclusão escolar de educação no Brasil.