Nós, humanos, usamos ferramentas e tecnologias, ou seja, objetos/coisas para aumentar as nossas capacidades e os nossos sentidos, isso é fato, e esses não-humanos produzem profundas mudanças no conhecimento, no comportamento, na cultura. Esse ensaio teórico faz parte de um estudo maior na Educação, e que representa uma crítica à visão antropocêntrica de mundo e dialoga com a sociomaterialidade incorporando atores não-humanos como elementos essenciais para a compreensão do social dos  usuários da língua de sinais, a língua natural da comunidade surda. A prática centrada no conhecimento, focada em objetos epistêmicos (que podem ser coisas naturais, instrumentos, objetos cientificamente gerados, etc.), torna-se uma parte importante de todas as áreas da vida social, nessa perspectiva materialista é importante  questionar como as ciências sociais contemporâneas, estão conduzindo a materialidade no que diz respeito as interações dos sujeitos surdos na sociedade. A resposta consiste em trabalhar uma ontologia plana, tratando a materialidade como parte da sociedade e assim demonstrando a importância dos não-humanos nas dinâmicas e interações humanas. Ao desenvolver a abordagem sociomaterial neste artigo, o que se pretende é recuperar os objetos/coisas, e consequentemente a materialidade na vida social, repensando suas relações dentro das agendas educacionais e especificamente nas relações sociais estabelecidas por surdos usuários da língua de sinais. Palavras-Chave: Educação. Sociomaterialidade. Interação. Surdez.