Identifier
Event
Language
Presentation type
Topic it belongs to
Subtopic it belongs to
Title of the presentation (use both uppercase and lowercase letters)
Presentation abstract
Long abstract of your presentation
O presente trabalho tem o objetivo de provocar o debate em torno das características básicas da formação econômica do Brasil, com o propósito de destacar e fomentar discussões que versem sobre as características marcantes da sua trajetória inicial de desenvolvimento, marcada pelo processo de colonização por parte de países de origem ibérica.
Podemos dizer que o modelo do capitalismo ibérico, fonte primordial para a formação das variedades do capitalismo brasileiro teve a capacidade de formar características essencialmente únicas e exclusivas para a principal potencia econômica da América Latina.
Para embasar os pressupostos do ensaio, inicialmente serão definidas as características do capitalismo ibérico, posteriormente as suas influências para o capitalismo brasileiro. Por fim, com o objetivo de ampliar o debate, serão investigados estudos que apontem origens semelhantes desse tipo de capitalismo em outras partes do mundo, essencialmente em países que passaram por um processo intenso de colonização, como o Brasil.
O presente ensaio foi importante para dinamizar as discussões sobre variedades de capitalismo, que se configura como uma abordagem com foco na eficiência econômica e no resultado. Como postularam Hall e Soskice (2001) sugere-se que só depois de entender as relações institucionais internas a cada nação, se inicie analises de questões e de comparação sobre as variedades de capitalismo e as formas de governo de cada país. Além disso, os estudos de VoC, conforme defendido por Hancké & Thatcher (2008), apresentam uma interessante diversidade de análises que enriqueceramsignificativamente nossa compreensão do mundo.
Logo, é preciso considerar que o Brasil tem as suas próprias variedades de capitalismo, que se estruturaram a partir de um processo bem específico de colonização. A partir de registros da história econômica do mundo é possível encontrar similaridades básicas, sobretudo com a Índia, conforme ênfase dada neste ensaio.
O ensaio também reforça que é preciso reconhecer que não somos o Ocidente. Somos a América Latina e isso significa que os interesses desta região foram discutidos de maneira mais organizada nas teorias sobre o estruturalismo, sob uma visão cepalina. Além disso, para Bertola & Ocampo (2013), a América Latina não tem níveis de educação, competitividade produtiva etecnologias de forma suficiente para o padrão de desenvolvimento requerido pelo modelo dos países de centro.
Para entender as raízes desses problemas, é preciso conhecer os alicerces da formação das instituições dos países periféricos, para o Brasil e a Índia, por exemplo, os estudos de Raimundo Faoro e Daron Acemoglu, respectivamente são peças fundamentais para tanto. Para o caso brasileiro também foi determinante as leituras e discussões sobre os escritos de Caio Prado Júnior.
Acredita-se que este ensaio tenha a capacidade de iniciar uma discussão, que merece ser profunda e cuidadosa, é claro. Mas inicia-se aqui, uma promissora agenda de pesquisa, que pode contribuir para a articulação de ações estruturantes para um modelo de desenvolvimento econômico capaz de dar respostas efetivas às necessidades de Nações com perturbações sociais e de mercado tão marcantes como no caso brasileiro.
Keywords (use both uppercase and lowercase letters)
Main author information
Co-authors information
Status:
Approved