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Em 1958, o conhecido historiador alemão Edmund O’Gorman publicou sua importante obra, A invenção da América, em que argumentava que a identidade americana, desde os primeiros navegadores quinhentistas, foi construída a partir de um movimento gradual de sobreposição das vontades e dos interesses dos seus conquistadores. Já entre os séculos XVIII e XIX, a ambição colonial assumiu uma postura nova, marcadamente epistemológica, em que a exploração dos territórios extraeuropeus se associava também a curiosidade científica. Dentro desse processo, a obra de viajantes, artistas e naturalistas, adquiriu um valor singular. Enquanto modelo epistemológico, a obra do viajante faz constantes referências às ciências da época; enquanto obra de arte, sejam imagens aquareladas e/ou litografias, seguem em maior ou menor medida os arquétipos literários e os cânones visuais com os quais seus autores foram formados, e que figuram em seu imaginário. Nesta comunicação, pretende-se caracterizar os modelos pelos quais os viajantes europeus puderam apreender os cenários e os povos americanos. Em particular, discutir a obra do viajante acadêmico, Jean-Baptiste Debret, pintor francês que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, cujas ilustrações remetem não somente a um país em particular, mas se mostram como representações metonímicas da América. Constata-se que as imagens formuladas pelo viajante estão em constante processo de atualização de uma determinada representação da América.
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