No presente estudo etnográfico, procuro discutir a relação do indivíduo com a obra de arte, tendo como campo de pesquisa a exposição de Jean Michel Basquiat no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, que ocorreu do dia 21 de abril até o dia primeiro de julho de 2018. Pensando a partir das experiências dentro da exposição, analiso a performance e os significados atribuídos pelos agentes participantes – público, staff e arte educadores –, àqueles momentos de interação. Tratarei a análise do contato com a arte como uma ação coletiva simbolicamente construída pelo espaço e as relações situacionalmente desenvolvidas. Como suporte teórico busquei adequar a pesquisa aos grandes autores internacionais e acompanhar as produções nacionais sobre o tema. Para dialogar com as discussões sobre a antropologia da arte, museus e público me apoiei em Bourdieu (2017), Dabul (2008) e Abreu (2014). Usufruí das análises de Baudrillard (1973) e Certeau (2009), sobre a vida moderna, seus costumes, rotinas e consumos, e ainda dentro do enfoque da modernidade, procurei abrir diálogo principalmente com Simmel (1973), para argumentar as obras do artista. Além disso, fiz bom uso de artigos de Hooks (1993) e críticos da arte contemporâneos a Basquiat como (GADSDEN, 2008), ao adentrar os sintomas de suas obras na sociedade a sua volta. Como metodologia, procurei inspiração nas escritas de Baxandall (2006), que mesmo não sendo coincidentes a meu tema, uma boa pesquisa independe do objeto.